A ANGÚSTIA
24 novA ANGÚSTIA de D. DINAH
Que terrível acontecimento se fez REAL, na madrugada de hoje? Seja lá o que tenha sido deixou marcas talvez indeléveis. Marcas que, se feriram MAGO, também me feriram.
Mago amanheceu com o “rosto” todo destabocado… não são GRANDES ferimentos, mas são umas 5 ou 6 pequenas marcas onde o pelo foi arrancado e até o couro foi atingido.
Ele brigou! Com certeza ele brigou!!! Mas…com quem? Por quê? Oh!céus!Eu o obriguei a dormir no lado de fora e vejam no que deu!!!
Agora seu maravilhoso aspecto-perfeito está marcado talvez para sempre! Tenho que aceitar esta injustiça, pensando:deve ser o resultado de um rito de passagem… É uma pena, mas são coisas do CRESCIMENTO! Tenho que me conformar.
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“Que terrível acontecimento se fez REAL, na madrugada de hoje?”
Nonada: coisa comum corriqueira.
É preciso passar adiante a herança genética; gerar descendência; crescer e multiplicar. Aprender a arte marcial do gatofu e botar pra correr os rivais.
Model é mestre consumado. Nem me preocupo.
Bálsamo Pierson pr’as bicheiras eventuais, e vida que segue felinianamente…
Jucemir
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SOCOOOOORROOO!!!!!!!!!!!!! MAGO SUMIU!!!!!!!! ACHO QUE FOI TIRAR A FORRA , destruir O MALDITO QUE DESFIGUROU O SEU “ROSTO”!!!!!
Que vai acontecer desta vez? Enquanto eu conversava com Anabel, ao telefone, ele saiu de mansinho… e se picou no mundo!!!!!
Oh! Céus!! Oh! dor!!! Oh! Vida!!! Que posso fazer para impedir que esta maldita HERANÇA GENÉTICA venha destruí-lo???
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Ele reapareceu…do nada! Da mesma forma em que sumiu… De repente ele se enroscava nos meus pés sem que eu percebesse de onde veio… É algo fantástico e fantasmagórico!
Como era de se esperar, novos ferimentos, agora, na conjunção das articulações dos membros anteriores, nas costas, naquela simpática “corcundinha” que se move lentamente a cada movimento… (um amor!)… agora, ferida também! Imagino algum imbecil querendo atingir seu pescoço querendo matá-lo! Como vou poder suportar tais agressões?
A pergunta que não quer calar:
Será que, na avaliação “custo-benefício”, vale a pena tais aventuras????
Chegou morto de fome, macambúzio,cansado,abatido… Teria ganho o embate? Ou está apenas apanhando?
Agora assisto o repouso do guerreiro,ali, no meu sofá, como quem retorna ao ventre materno de onde retirará novas forças para ir gastá-las em embates (infrutíferos?), quando a noite chegar…
Haja coração!!!
Senhor Deus , dai-me forças… e a ele também!
Estas são as agruras de quem adotou, sem pedir nem desejar, o mais belo espécime de GATO SIAMÊS que se possa imaginar! Amar doi…é verdade comprovada, através dos tempos!
A Angústia de D. João (M.Del Picchia)
16 novSe alguém conhece um diálogo mais significativo e mais bonito do que este, por favor, me avise!
A noite é branca de luar e o jardim branco de malmequeres. Fausto espera seu amor sob o balcão de Margarida. Vem da noite e da distância um cântico que se aproxima.
(A voz) Nunca provei o teu beijo;
de estranho amor estremeço;
caminho; sangram-me os pés.
Existes – mas não te vejo;
és bela – não te conheço;
amo-te- – e não sei quem és!
Por cidades, por aldeias,
minha sina é procurar-te
Onde estás? Para onde vou?
Sinto que tu me rodeias,
mas se estás em toda a parte,
jamais estás onde estou!
Eu te sinto repartida
na glória da natureza
Amada que eu nunca vi.
Sei que estás dentro da vida
e, onde há um pouco de beleza,
há sempre um pouco de ti…
Ó , meu vago sonho obscuro,
não vens por mais que te chame…
Onde estarás? Eu não sei!
Escondes-te; e eu te procuro,
não te encontro e, talvez, te ame
porque nunca te encontrei!
Sombra sonhada e divina,
sê sempre apenas sonhada…
nunca entrevista sequer!
Foge! que temos por sina
o sentir que morre a Amada,
quando se encontra a Mulher!
A voz cessa. D. João aparece.
Fausto: Quem és tu?
D. João: Sou D. João
F.: Quem te traz?
D.João: Minha sorte.
F.: De onde vens?
D.J.: Vim da vida
F.: Onde vais?
D.J.: Para a morte!
F.: Que procuras?
D.J.: O amor…
F.: Achaste-o ?
D.J.: Não existe…
F.: Cantas porque és feliz?
D.J.: Canto porque estou triste…E tu, és menestrel?
F.: Eu? Sou quase um suicida…
D.J.: Que fazes sob o luar?
F.: Espero Margarida…
D.J.: Deu-te um beijo?
F.: D. João!
D.J.: Sorriu-te?
F.: Não...
D.J.: Falou-te?
F.: Não…
D.J.: Por que estás assim tão estranho esta noite?
F.: Porque me ama e não diz: porque esta alma adivinha
que eu a adoro talvez por não ter sido minha…
Porque inda não provei, com meu doido desejo,
o calor do seu lábio e o gosto do seu beijo.
Porque não sei se, nela, esta ardente loucura
encontrará o amor que minha alma procura.
D.J.: Amas a indecisão?
F.: Não sei…
D.J.: As próprias penas?
F.: Não sei… talvez no amor eu ame o amor apenas…Compreendes?
D.J.: Não. Tudo isto é muito singular…
F.: Desgraçado D.João! Tu não soubeste amar!
D.J. Eu? Eu não soube amar? Pergunta, se quiseres,
se não provei o amor de todas as mulheres!
Pergunta, pois, ao luar! Pergunta à flor, ao ninho,
quantas paixões semeei por todo meu caminho,
quantos corpos possuí, ardentes de desejo,
dando-me à flor da boca a glória do seu beijo!
F.: E depois?
D.J.: E depois?… Esta ânsia sem remédio…
F.: E após o beijo?
D.J.: A posse…
F.: E além da posse?
D.J.: O tédio…
(Um silêncio. Os malmequeres pareciam mais brancos ao luar).
Fausto(numa voz surda, piedosamente):
O tédio é para o amor o mesmo que o absinto:
este envenena o corpo, aquele mata o instinto…
Teus amores, D.João, não passam, resumidos,
de cega exaltação dos teus próprios sentidos.
D.J. (cismarento): Creio que tens razão…nesta vida sem calma
muitos corpos possuí à procura de uma alma.
Para mim era o amor um vinho rosicler
na taça úmida e em flor de uns lábios de mulher!
(desalentado):Sempre o mesmo licor; nele, o mesmo letargo;
muito doce a princípio, afinal muito amargo.
Cansado, noutro lábio o amor buscava a esmo;
eu mudava de taça, o licor era o mesmo…
Quanto tédio senti!Eu bem via, tristonho,
que nenhuma mulher encarnava meu sonho.
Dia a dia cresceu esta ânsia incompreendida
e, cansado de amar…nunca amei nesta vida!
(cheio de angústia) :
Sinto-me tão vazio…o tédio me definha…
F.: Conta-me a tua história. Eu contarei a minha.
D.J.: Minha história? É vulgar…Um sorriso que esvoaça…
um vulto que me segue…uma mulher que passa…
uma frase que vai…um olhar que deseja…
um corpo que se entrega…um lábio que beija…
uma febre…um delírio…e, depois de um momento,
um bocejo…um cansaço e um arrependimento!
F.: Não! Não é isso o amor! O amor talvez consiste
na dor de se querer tudo o que não existe…
Na angústia de se ver sumir-se nas distâncias
o sonho que nasceu das nossas próprias ânsias…
Tudo é nada! A ilusão de uma alma que se atira,
cantando atrás do aceno azul de uma mentira
para ficar, enfim, sangrando, convencida
que a mentira de amar é a verdade da vida!
Silêncio…Ambos absorvem-se na beleza do luar. Depois ,numa voz flébil, D. João pergunta:
D.J.: Não se deve colher o beijo quando, louca,
sorri cheia de amor a rosa de uma boca?
F.: Não se deve.
D.J.: Por quê?
F.: Porque para quem ama,
o beijo é como uma flor na ponta de uma rama.
Acaso a tua mão, quando, nervosa, corta
do caule a flor, não vê que a pobre fica morta?
O beijo é a estranha flor de místico ressábio:
quando outro lábio a colhe, agoniza no lábio…
D.J.: O beijo? O beijo é tudo! Um contato sublime
que tem gosto de amor e tem gosto de crime!
Brado vivo do instinto, aleluias, rugidos
de cega exaltação de todos os sentidos!
Rebelado clamor da carne onde a alma louca
para encontrar outra alma, aflora-nos à boca,
e espera, e anseia, e geme, e chora, e grita, e brada!
Fausto ( irônico): Beijo? Suspiro suave a desfazer-se em nada…
D.J.: Mentes! O beijo é tudo! O beijo é a febre. O beijo
é a vida da esperança…
F.: …e a morte do desejo.
(Relembrando e imerso numa cisma profunda):
Desgraçado D.João! Quando no teu murzelo
dando à brisa canções, dando ao vento o cabelo,
pondo um pouco de sonho à flor de um redondel,
como numa corola um bocado de mel;
quando da sedução irmão fatal e gêmeo,
tu partiste a cantar, sonhador e boêmio,
iludido e feliz, descuidado e risonho,
na esperança de achar a glória de teu sonho,
tive pena de ti, pois cantando partiste
a procurar na terra um bem que não existe…
D.J.: Quantos lábios beijei! Quantas bocas em flor
eu fiz fremir de amor, sem nunca achar o amor!
Tive corpos nas mãos submissos como servos
onde, fria, coleava a angústia dos meus nervos…
E, quando ardendo em febre, a mulher doida e ardente,
enroscava-se em mim tal qual uma serpente,
cravando-me na boca um beijo, e a carne nívea
eu sentia estuar de amor e de lascívia,
na suprema eclosão do meu tédio medonho,
eu deixava a mulher…e buscava meu sonho!
Fausto: Fui mais feliz que tu.
Um dia em minha vida
refletida no espelho enxerguei Margarida.
Desvairada de amor, fremia de alvoroço
no meu corpo de velho, a minha alma de moço.
Dizem que foi Satã quem, cheio de piedade,
deu à minha velhice a minha mocidade…
Mentira! Quando o amor o peito nos aquece
toda nossa existência exulta e refloresce!
Se ele um corpo me deu, foi coisa bem mesquinha,
pois para amar, bastava uma alma igual à minha…
(recordando aos poucos, enquanto D.João cisma):
Certo dia encontrei essa estranha mulher
desfolhando ao luar um triste malmequer,
Indagava talvez, se eu a amasse! Contudo
a terra, o céu, o mar, a luz, a treva, tudo
devia lhe dizer, vendo-a tão casta e bela,
que nehuma mulher era amada como ela!
Folha a folha, nervosa, a flor despetalava
“Mal-me-quer…Bem-me-quer…” Sorria…Suspirava…
E, trêmula, arrancando as pétalas aos molhos,
a resposta da flor…
D.J. (concluindo):…encontrou nos teus olhos!
Fausto: Mas, enfim, D.João, que teu sonho deseja?
D.J. Algo de tão sutil que eu nem sei o que seja…
Uma coisa tão vasta este meu sonho quer,
que não pode caber num corpo de mulher.
Fausto:Enganas-te D.João.Nas nossas pobres vidas
sempre os Faustos terão suas Margaridas.
Fugir-lhe, não querê-la, é inútil desatino:
Aquela que há de vir, vem no próprio destino!
Um dia por acaso, a encontras, loira e bela,
e a reconheces logo: “És tu?” “- Sou eu -” É ela!
Quem é? De onde ela vem? Das trevas ou da aurora?
Quem sabe de onde vem a mulher que se adora?
Nada sabes…Do céu? Do mar? Das ondas bravas?
Não! Só sabes que era essa a mulher que esperavas.
D.J. Eu esperei-a em vão…
F.: São muitos os que têm
o fado de esperar aquela que não vem…
E, no ardor de a encontrar, enganados, bracejam,
crendo que amam, possuindo a mulher que desejam…
Escravos da ilusão que a alegria lhes trunca
blasfemam contra o amor sem ter amado nunca!
D.João(transfigurado):
Não! Não compreenderás o prazer que consiste
em se amar, como eu amo, um ser que não existe!
Plasmei-a dentro de mim e fí-la minha Eleita!
Chama-se essa mulher : a Beleza Perfeita!
A amada de D.João, como é linda! No fundo
resume tudo o que há de mais belo no mundo!
Ante seu resplendor as estrelas são turvas:
é um poema de carne, um cântico de curvas!
Fí-la juntando a esmo a perfeição que encerra,
fragmentada e dispersa, a beleza da terra…
Nunca compreenderás o meu sonho exaltado:
Como Osiris , o amor existe mutilado…
A Eleita que sonhei , enxergo-a, mas que queres?
vive disseminada em todas as mulheres.
Sinto-a vendo num seio, ou na curva de uns braços,
que a mulher que eu adoro é feita de pedaços…
Existe em toda a parte, e a cada mulher bela
esconde no seu corpo alguma coisa dela!
Esta guarda-lhe o olhar; aquela as carnes brancas;
uma a forma do torso; outra a fuga das ancas.
Tomando de uma a cor, de outra um traço indeciso,
desta o corte do lábio e daquela o sorriso,
eu, fragmento a fragmento, a amada recomponho,
pois em cada mulher, há um pouco do meu sonho!
Sob a ótica da mulher, parece-me que falta algo a esta idealização da MULHER… mas talvez nem falte…talvez ela seja só isso mesmo!
Agradeço a quem conseguiu ler até o FIM! O poema merece, gracias!
IMAGEM DESOLADA
12 novVejam só, meus amigos, quanta tolice pode sair da imaginação de um(a) poeta, a partir de um mínimo episódio do cotidiano.
Insignificante descuido de uma dona -de -casa distraída (ou atenta?) é capaz de dar origem a um canto triste (de tristeza real ou fictícia, isto importa pouco) – o que importa é poder cantar…
Imagem desolada
A um canto da geladeira
algo ia perdendo o viço a cada dia
Mais pálido
Mais murcho
Mais sem lustro
Mais sem vida
…e não era uma pera!
Não queria ser visto,
atrás de outros objetos se escondia,
Sem seiva
Sem suco,
Sem sangue,
Sem poesia,
pensava-se esquecido
…não era uma pera!
Da pera, um pouco da forma, absorvia
…mas não era a pera.
Por falta de uso
Por falta de alimento
Por falta de sustento
Por falta de atenção, ele morria
…era o meu coração…
O que causa admiração é o atestado de validade que lhe confere o proeminente e respeitado pensador/escritor francês, Roland Barthes, que se debruçou sobre o perfil estrutural do discurso amoroso, identificando todo o processo através do qual o amante, o ser apaixonado, se expressa.
Afirma Barthes: “Seu [do apaixonado] discurso existe, unicamente por ondas de linguagem que lhe vem ao sabor de circunstâncias ínfimas , aleatórias.”
Dentre os “cacos” do discurso amoroso analisados por ele, um é especialmente encastoado na poesia acima (Imagem Desolada):
“Na ausência amorosa sou, tristemente, uma imagem descolada que seca, amarelece, encarquilha-se.”
De onde se pode concluir que, uma pera murcha, esquecida na geladeira, pode ser, sim, uma metáfora de um coração em agonia motivada pelo abandono.
P.S. Melhor para vocês, apaixonados, é ler “Fragmentos de um discurso amoroso” do acima citado autor.
Ficarão surpresos por se verem desnudados, sem dó nem pena!
Eu, particularmente, me “divirto” muito, lendo-o.
Outro livro que recomendo, pertinente ao assunto:
“A ética de uma paixão” de Mª Luiza Nora, recém lançado pela Editus.
Pingos de auto-ajuda
5 novDo que a vida tem me ensinado numa caminhada que parece longa, mas que percebo agora: foi rápida! Muito rápida!
É preciso cuidado.
É preciso cuidado para não avançar além dos limites…e é preciso atenção para reconhecê–los – eles são, na maioria das vezes, internos, pessoais.
É preciso o cuidado de não dizer palavra forte para ouvidos fracos.
É preciso o cuidado de não exigir…pior ainda se a exigência for maior que as possibilidades.
É preciso ter cuidado de olhar por onde se pisa…um caminho sempre inclui a possibilidade de retorno, mas talvez as dificuldades sejam imensas ao tentar a meia-volta.
Arriscar demais é perigoso…contudo, estagnar-se é suicídio lento.
A coragem permite avanços imprevisíveis, mas só a concentração permite alcançar o alvo.
A vida passa rapidamente, é preciso treinar os sentidos e a sensibilidade para vê-la no que nos oferece de melhor…porque , o pior, este nos invade sem pudor,sem pedir licença.
Não se trata de fechar os olhos para o que nos magoa e , sim, não permitir que isto sobrepuje o que nos faz feliz.
A face escura e a face luminosa da vida nos envolvem, fazendo do cotidiano um jogo de escolhas.
O que nos faz felizes é sempre muito simples, embora o simples seja o de mais difícil alcance…nós o confundimos com o insuficiente, e o rejeitamos.
Fazer do simples um método de crescimento exige criatividade (de preferência sem nenhuma ansiedade).
O cotidiano é tido como banal, sem atrativos, sem glamour, quando não, sofrido. Visão de quem olha para a vida através de uma névoa dominada pelo menosprezo. Então a vida, para estas pessoas, mostra-se assim mesmo (questão de reciprocidade!).
Atentar para a vida através da claraboia do prazer e da criatividade, certamente, atrairá a luz que faltava. Se, em vez de uma simples vigia, uma janela é escancarada, aí então, tudo pode acontecer: desde a brisa benfazeja, os bons ventos, os chuviscos, as chuvas fortes; a luz do sol, dos raios e relâmpagos ; o som dos pássaros, das gentes, dos trovões, enfim, da vida em plenitude!
Todas as cores são belas porque o arco-íris é belo!
Às vezes é só isso, às vezes é mais além disso, às vezes é mais aquém, às vezes é a justa medida…
…E os homens também. Ficam olhando um barquinho e veem um Titanic. (Ou muito antes pelo contrário.)
Se dá certo, tenho pra mim que é tudo meio assim aleatório e à revelia dos amantes – não obstante as lendas de Dom Juan, de Madame du Barry e quejandos.
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É bom saber que também a visão masculina desconfia da forma de pensar e medir o FEMININO expressa pelo maravilhoso poeta, mas incompleto AMANTE !