A Angústia de D. João (M.Del Picchia)

16 nov

Se alguém conhece um diálogo mais significativo e mais bonito do que este, por favor, me avise!

A noite é branca de luar e o jardim branco de malmequeres. Fausto espera seu amor sob o balcão de Margarida. Vem da noite e da distância um cântico que se aproxima.

(A voz) Nunca provei o teu beijo;

de estranho amor estremeço;

caminho; sangram-me os pés.

Existes – mas não te vejo;

és bela – não te conheço;

amo-te- – e não sei quem és!

Por cidades, por aldeias,

minha sina é procurar-te

Onde estás? Para onde vou?

Sinto que tu me rodeias,

mas se estás  em toda a parte,

jamais estás onde estou!

Eu te sinto repartida

na glória da natureza

Amada que eu nunca vi.

Sei que estás dentro da vida

e, onde há um pouco de beleza,

há sempre um pouco de ti…

Ó , meu vago sonho obscuro,

não vens por mais que te chame…

Onde estarás? Eu não sei!

Escondes-te; e eu te procuro,

não te encontro e, talvez, te ame

porque nunca te encontrei!

Sombra sonhada e divina,

sê sempre apenas sonhada…

nunca entrevista sequer!

Foge! que temos por sina

o sentir que morre a Amada,

quando se encontra a Mulher!

A  voz cessa. D. João aparece.

Fausto: Quem és tu?

D. João: Sou D. João

F.: Quem te traz?

D.João:  Minha sorte.

F.:  De onde vens?

D.J.:  Vim da vida

F.:  Onde vais?

D.J.:  Para a morte!

F.:  Que procuras?

D.J.: O amor…

F.:  Achaste-o ?

D.J.: Não existe…

F.:  Cantas porque és feliz?

D.J.: Canto porque estou triste…E tu, és menestrel?

F.: Eu? Sou quase um suicida…

D.J.:  Que fazes sob o luar?

F.:  Espero Margarida…

D.J.: Deu-te um beijo?

F.:  D. João!

D.J.: Sorriu-te?

F.: Não...

D.J.:  Falou-te?

F.:  Não…

D.J.:  Por que estás  assim tão estranho esta noite?

F.:  Porque me ama e não diz: porque esta alma adivinha

que eu a adoro talvez por não ter sido minha…

Porque inda não provei,  com meu doido desejo,

o calor do seu lábio e o gosto do seu beijo.

Porque não sei se, nela, esta ardente loucura

encontrará o amor que minha alma procura.

D.J.: Amas a indecisão?

F.: Não sei…

D.J.:  As próprias penas?

F.:  Não sei… talvez no amor eu ame o amor apenas…Compreendes?

D.J.:  Não. Tudo isto é muito  singular…

F.: Desgraçado D.João! Tu não soubeste amar!

D.J.  Eu? Eu não soube amar? Pergunta, se quiseres,

se não provei o amor de todas as mulheres!

Pergunta, pois, ao luar! Pergunta à flor, ao ninho,

quantas paixões semeei por todo meu caminho,

quantos corpos  possuí, ardentes de desejo,

dando-me à flor da boca a glória do seu beijo!

F.:  E depois?

D.J.:  E depois?… Esta ânsia sem remédio…

F.:  E após o beijo?

D.J.:  A posse…

F.:  E além da posse?

D.J.:   O tédio…

(Um silêncio. Os malmequeres pareciam mais brancos ao luar).

Fausto(numa voz surda, piedosamente):

O tédio é para o amor o mesmo que o absinto:

este envenena o corpo, aquele mata o instinto…

Teus amores, D.João, não passam, resumidos,

de cega exaltação dos teus próprios sentidos.

D.J. (cismarento): Creio que tens razão…nesta vida sem calma

muitos corpos possuí à procura de uma alma.

Para mim era o amor um vinho rosicler

na taça úmida e em flor de uns lábios de mulher!

(desalentado):Sempre o mesmo licor; nele, o mesmo letargo;

muito doce a princípio, afinal muito amargo.

Cansado,  noutro lábio o amor buscava a esmo;

eu mudava de taça, o licor era o mesmo…

Quanto tédio senti!Eu bem via, tristonho,

que nenhuma mulher encarnava meu sonho.

Dia a dia cresceu esta ânsia incompreendida

e, cansado de amar…nunca amei nesta vida!

(cheio de angústia) :

Sinto-me tão vazio…o tédio me definha…

F.: Conta-me a tua história. Eu contarei a minha.

D.J.:  Minha história? É vulgar…Um sorriso que esvoaça…

um vulto que me segue…uma mulher que passa…

uma frase que vai…um olhar que deseja…

um corpo que se entrega…um lábio que beija…

uma febre…um delírio…e, depois de um momento,

um bocejo…um cansaço e um arrependimento!

F.:  Não! Não é isso o amor! O amor talvez consiste

na dor de se querer tudo o que não existe…

Na angústia de se ver sumir-se nas distâncias

o sonho que nasceu das nossas próprias ânsias…

Tudo é nada! A ilusão de uma alma que se atira,

cantando atrás do aceno azul de uma mentira

para ficar, enfim, sangrando, convencida

que a mentira de amar é a verdade da vida!

Silêncio…Ambos absorvem-se na beleza do luar. Depois ,numa voz flébil, D. João pergunta:

D.J.:  Não se deve colher o beijo quando, louca,

sorri cheia de amor a rosa de uma boca?

F.:  Não se deve.

D.J.:  Por quê?

F.:  Porque para quem ama,

o beijo é como uma flor  na ponta de uma rama.

Acaso a tua mão, quando, nervosa, corta

do caule a flor, não vê que a pobre fica morta?

O beijo é a estranha flor de místico ressábio:

quando outro lábio a colhe, agoniza no lábio…

D.J.:  O beijo? O beijo é tudo! Um contato sublime

que tem gosto de amor e tem gosto de crime!

Brado vivo do instinto, aleluias, rugidos

de cega exaltação de todos os sentidos!

Rebelado clamor da carne onde a alma louca

para encontrar outra alma, aflora-nos à boca,

e espera, e anseia, e geme, e chora, e grita, e brada!

Fausto ( irônico): Beijo? Suspiro suave a desfazer-se em nada…

D.J.:  Mentes! O beijo é tudo! O beijo é a febre. O beijo

é a vida da esperança…

F.:  …e a morte do desejo.

(Relembrando e imerso numa cisma profunda):

Desgraçado D.João! Quando no teu murzelo

dando à brisa canções, dando ao vento o cabelo,

pondo um pouco de sonho à flor de um redondel,

como numa corola um bocado de mel;

quando da sedução  irmão fatal e gêmeo,

tu partiste a cantar, sonhador e boêmio,

iludido e feliz, descuidado e risonho,

na esperança de achar a glória de teu sonho,

tive pena de ti, pois cantando partiste

a procurar na terra um bem que não existe…

D.J.:  Quantos lábios beijei! Quantas bocas em flor

eu fiz fremir de amor, sem nunca achar o amor!

Tive corpos nas mãos submissos como servos

onde, fria, coleava a angústia dos meus nervos…

E, quando ardendo em febre, a mulher doida e ardente,

enroscava-se em mim tal qual uma serpente,

cravando-me na boca um beijo, e a carne nívea

eu sentia estuar de amor e de lascívia,

na suprema eclosão do meu tédio medonho,

eu deixava a mulher…e buscava meu sonho!

Fausto: Fui mais feliz que tu.

Um dia em minha vida

refletida no espelho enxerguei  Margarida.

Desvairada de amor,  fremia de alvoroço

no meu corpo de velho, a minha alma de moço.

Dizem que foi Satã quem, cheio de piedade,

deu à minha velhice a minha mocidade…

Mentira! Quando o amor o peito nos aquece

toda nossa existência exulta e refloresce!

Se ele um corpo me deu, foi coisa bem mesquinha,

pois para amar, bastava uma alma igual à minha…

(recordando aos poucos, enquanto D.João cisma):

Certo dia encontrei essa estranha mulher

desfolhando ao luar um triste malmequer,

Indagava talvez, se eu a  amasse! Contudo

a terra, o céu,  o mar, a luz,  a treva, tudo

devia lhe dizer, vendo-a tão casta e bela,

que nehuma mulher era amada como ela!

Folha a folha, nervosa, a flor despetalava

“Mal-me-quer…Bem-me-quer…” Sorria…Suspirava…

E, trêmula, arrancando as pétalas aos molhos,

a resposta da flor…

D.J. (concluindo):…encontrou nos teus olhos!

Fausto: Mas, enfim, D.João, que teu sonho deseja?

D.J.  Algo  de tão sutil que eu nem sei o que seja…

Uma coisa tão vasta este meu sonho quer,

que não pode caber num corpo de mulher.

Fausto:Enganas-te D.João.Nas nossas pobres vidas

sempre os Faustos terão suas Margaridas.

Fugir-lhe, não querê-la, é inútil desatino:

Aquela que há de vir, vem no próprio destino!

Um dia por acaso, a encontras, loira e bela,

e a reconheces logo: “És tu?” “- Sou eu -” É ela!

Quem é? De onde ela vem? Das trevas ou da aurora?

Quem sabe de onde vem a mulher que se adora?

Nada sabes…Do céu? Do mar? Das ondas bravas?

Não! Só sabes que era essa a mulher que esperavas.

D.J.   Eu esperei-a em vão…

F.: São muitos os que têm

o fado de esperar aquela que não vem…

E, no ardor de a encontrar, enganados, bracejam,

crendo que amam, possuindo a mulher que desejam…

Escravos da ilusão que a alegria lhes trunca

blasfemam contra o amor sem ter amado  nunca!

D.João(transfigurado):

Não! Não compreenderás o prazer que consiste

em se amar, como eu amo, um ser que não existe!

Plasmei-a dentro de mim e fí-la minha Eleita!

Chama-se essa mulher : a Beleza Perfeita!

A amada de D.João, como é linda! No fundo

resume tudo o que há de mais belo no mundo!

Ante seu  resplendor as estrelas são turvas:

é um poema de carne, um cântico de curvas!

Fí-la juntando a esmo a perfeição que encerra,

fragmentada e dispersa, a beleza da terra…

Nunca compreenderás o meu sonho exaltado:

Como Osiris , o amor existe mutilado…

A Eleita que sonhei , enxergo-a, mas que queres?

vive disseminada em todas as mulheres.

Sinto-a vendo num seio, ou na curva de uns braços,

que a mulher que eu adoro é feita de pedaços…

Existe em toda a parte, e a cada mulher bela

esconde no seu corpo alguma coisa dela!

Esta guarda-lhe o olhar; aquela as carnes brancas;

uma a forma do torso; outra a fuga das ancas.

Tomando de uma a cor, de outra um traço indeciso,

desta o corte do lábio e daquela o sorriso,

eu, fragmento a fragmento, a amada recomponho,

pois em cada mulher, há um pouco do meu sonho!

Sob a ótica da mulher, parece-me que falta algo a esta idealização da MULHER… mas talvez nem falte…talvez ela seja só isso mesmo!

Agradeço a quem conseguiu ler até o FIM! O poema merece, gracias!

jucemir19 19UTC novembro 19UTC 2010 às 16:25 #

Às vezes é só isso, às vezes é mais além disso, às vezes é mais aquém, às vezes é a justa medida…
…E os homens também. Ficam olhando um barquinho e veem um Titanic. (Ou muito antes pelo contrário.)
Se dá certo, tenho pra mim que é tudo meio assim aleatório e à revelia dos amantes – não obstante as lendas de Dom Juan, de Madame du Barry e quejandos.

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É bom saber que também a visão masculina  desconfia da forma de pensar e medir o FEMININO expressa pelo maravilhoso poeta, mas incompleto AMANTE !


19 Respostas to “A Angústia de D. João (M.Del Picchia)”

  1. Bel 18 de novembro de 2010 às 08:16 #

    Eu li tudinho e fiquei ão embasbacada que não consegui comentar.

    Como uma cabeça só pensa por duas, num diálogo tão denso como este? Acho que hoje em dia não existem mais pessoas que colocam o cérebro pra funcionar tanto.

    • dinah 18 de novembro de 2010 às 08:37 #

      M.Del Picchia agradece!!!!!!!!!

  2. jucemir 19 de novembro de 2010 às 16:25 #

    Às vezes é só isso, às vezes é mais além disso, às vezes é mais aquém, às vezes é a justa medida…
    …E os homens também. Ficam olhando um barquinho e veem um Titanic. (Ou muito antes pelo contrário.)
    Se dá certo, tenho pra mim que é tudo meio assim aleatório e à revelia dos amantes – não obstante as lendas de Dom Juan, de Madame du Barry e quejandos.
    ( Menotti vai bem além dos 150 caracteres.Não cabe nos sentimentos apressados.)
    Mal sei da metade dessa história.
    Talvez, nem mesmo Caetano saiba.

    Pecado Original
    Caetano Veloso

    Composição: Caetano Veloso

    Todo dia, toda noite
    Toda hora, toda madrugada
    Momento e manhã
    Todo mundo, todos os segundos do minuto
    Vivem a eternidade da maçã
    Tempo da serpente nossa irmã
    Sonho de ter uma vida sã
    Quando a gente volta
    O rosto para o céu
    E diz olhos nos olhos da imensidão:
    Eu não sou cachorro não!
    A gente não sabe o lugar certo
    De colocar o desejo
    Todo beijo, todo medo
    Todo corpo em movimento
    Está cheio de inferno e céu
    Todo santo, todo canto
    Todo pranto, todo manto
    Está cheio de inferno e céu
    O que fazer com o que DEUS nos deu?
    O que foi que nos aconteceu?
    Quando a gente volta
    O rosto para o céu
    E diz olhos nos olhos da imensidão:
    Eu não sou cachorro não!
    A gente não sabe o lugar certo
    De colocar o desejo
    Todo homem, todo lobisomem
    Sabe a imensidão da fome
    Que tem de viver
    Todo homem sabe que essa fome
    É mesmo grande
    Até maior que o medo de morrer
    Mas a gente nunca sabe mesmo
    Que que quer uma mulher

    Jucemir
    ……………………………….
    No mais, Teresa não tem nada de baiana. É coisa nossa ; bem ali de Bonsucesso.
    Para maiores informações consulte http://www.dicionariompb.com.br/teresa-cristina/biografia.

    Jucemir

  3. jucemir 19 de novembro de 2010 às 16:36 #

    Se quiseres ouvir:

    http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/165410/

    Jucemir

    • dinah 20 de novembro de 2010 às 08:39 #

      Antonico
      Gal Costa
      Composição: Ismael Silva
      Ôh Antonico vou lhe pedir um favor
      Que só depende da sua boa vontade
      É necessário uma viração pra o Nestor
      Que está vivendo em grande dificuldade
      Ele está mesmo dançando na corda bamba
      Ele é aquele que na escola de samba
      Toca cuíca, toca surdo e tamborim
      Faça por ele como se fosse por mim
      Até muamba já fizeram pra o rapaz
      Por que no samba ninguém faz o que ele faz
      Mas hei de vê-lo bem feliz, se Deus quiser
      E agradeço pelo que você fizer, meu senhor

      Tentação da maçã nada mais é que o desejo incontido de valorizar o cotidiano,”sonho de uma vida sã”, deliciosa,completa e …impossível!

      Que tal se fôssemos, todos “cachorro,sim!”? Os ideais seriam mais simples e alcançáveis…

      Céu e inferno – movimento pendular que só acrescenta…

      Fome de viver – claro!…é sempre maior que a morte(que é somente um GOLPE, e pronto!)

      Aposto que “o que uma mulher quer” é o mesmo que o homem quer: ser feliz, apesar de tudo.

  4. jucemir 19 de novembro de 2010 às 17:13 #

    Se serve pra Madureira, serve pra tudo que vai da Central do Brasil até Santa Cruz, ou Japeri.

    Ouve só: http://letras.terra.com.br/arlindo-cruz/1131702/

    Jucemir

    • dinah 20 de novembro de 2010 às 09:27 #

      Não adianta querer causar inveja nos pobres distantes de tal paraíso…Fique sabendo que também temos o nosso “paraíso”. Vide “Tarde em Itapoã” , fruto de alma apaixonada, idealizando e sam-balizando um pedacinho de terra que também causa saudade:

      Coqueiro de Itapoã…coqueiro…
      Areia de Itapoã…areia…
      Morena de Itapoã…Morena…
      Saudade de Itapoã…me deixa…
      Ó vento que faz cantiga nas folhas do coqueiral
      Ó vento que ondula as águas,
      eu nunca tive saudade igual!
      me traga boas notícias
      daquela terra toda manhã
      e joga uma flor no colo
      de uma Morena de Itapoã…

      Itapoan…Itapoã…Itapuã…Itapuan…não importa , é o símbolo da vida simples e amorosa…pena que não passa de um ícone.

      Talvez (sempre aquele TALVEZ do qual não me liberto!) um dia tenha sido uma realidade…hoje não é mais.

      • Liane 21 de novembro de 2010 às 09:38 #

        O que é isso? Competição de quem sabe mais música ou de quem mora em lugar melhor?? Enquanto isso, nós vamos nos divertindo e aprendendo…(Mas quem mora melhor sou eu e Bel!!!)rsrsrs…

  5. dinah 21 de novembro de 2010 às 09:50 #

    Para Liane:
    Qualquer dia desses estarei aí para conferir se você tem razão…Por enquanto tenho minhas dúvidas…Beijo, saudade, como diria o poeta: vontade de ver de novo alguém sabido chamou SAUDADE…

  6. Rejane 21 de novembro de 2010 às 22:46 #

    Li tudo.
    Mesmo morrendo de sono (dormi por 2h esta noite), li tudo.
    Diálogo quente, que prende a atenção.

    A Teresa é brasileira, é nossa!
    Conhece Juliana Ribeiro?
    Essa eu acho que é baiana.
    Descobri final de semana passado. Samba de raiz. Adorei.
    “A gente não pode esquecer que a comunidade que leva o samba para o Rio de Janeiro é baiana. Esse samba do morro é da comunidade baiana, negra”, disse Juliana.
    Leia a entrevista completa aqui

    http://migre.me/2od77

    Inté!

  7. Rejane 22 de novembro de 2010 às 14:28 #

    Confirmado: Juliana é baiana e soteropolitana.

    “Na Bahia, ela não é uma “solista dissonante”, se a gente encontrar para ouvir Stella Maris, Sandra Simões, Mariene de Castro, Manuela Rodrigues, Cláudia Cunha, Déia Ribeiro, Ana Paula Albuquerque; ou a veterana e empolgante Márcia Short e a revelação nacional, a elegante e talentosa Márcia Castro. Estas vozes femininas aprontam mudanças positivas para a música feita na Bahia e Juliana é outra possibilidade de exportação de Salvador, para em qualidade, alcançar o mundo.

    Ela está à altura de Mariana Aydar, Céu, Roberta Sá, Verônica Ferriani, podendo mostrar outras nuances musicais feitas neste território que hoje só é associado aos nomes da cantora Ivete Sangalo e da doublé Claudia Leitte.”

    http://migre.me/2p9Q6
    Apois…

  8. dinah 23 de novembro de 2010 às 07:25 #

    A ANGÚSTIA de D. DINAH

    Que terrível acontecimento se fez REAL, na madrugada de hoje? Seja lá o que tenha sido deixou marcas talvez indeléveis.Marcas que, se feriram MAGO, também me feriram.
    Mago amanheceu com o “rosto” todo destabocado…não são GRANDES ferimentos, mas são umas 5 ou 6 pequenas marcas onde o pelo foi arrancado e até o couro foi atingido.
    Ele brigou!Com certeza ele brigou!!!Mas…com quem? Por quê?Oh!céus!Eu o obriguei a dormir no lado de fora e vejam no que deu!!!
    Agora seu maravilhoso aspecto-perfeito está marcado talvez para sempre! Tenho que aceitar esta injustiça, pensando:deve ser o resultado de um rito de passagem…É uma pena, mas são coisas do CRESCIMENTO!Tenho que me conformar.

  9. jucemir 23 de novembro de 2010 às 15:52 #

    Esquartejemos o amistoso contencioso.

    Madureira, Cascadura, Vaz Lobo, Irajá, Realengo, Padre Miguel, Guilherme da Silveira, Bangu, Camará, Santíssimo, Augusto Vasconcelos, Campo Grande, …,Santa Cruz não são nenhum paraíso.
    (Como dizia o comunoparanaensecariocabotafoguense João Saldanha : “Moro na aldeia e conheço os caboclos”…Quanto a mim, sou flamengo.Porém e sobretudo, sou carioca suburbano.Na atual conjuntura, primeiro torço pro Urubu despachar a Raposa e , destarte, afastar o fantasma. E, depois, que o Pó de Arroz faça o trabalho de casa ( O Porcoperiquito não oferecerá resistência.) e sacramente o Bugre na Segundona.)
    [F.B.H. fica feliz, e nós também.]
    A polêmica entre Noel e Wilson, conheço de cor e salteado.
    Pra quem não sabe e quer saber: http://blogdojeziel.blogspot.com/2007/05/noel-rosa-x-wilson-batista-histrica.html
    ……………………………………………..
    Pro bebê que veio depois.
    “Competição de quem sabe mais música ou de quem mora em lugar melhor??”
    Lili, minha jovem, quando se trata do quesito MPB, minha antiga fessora num dá nem pro cheiro.
    Porém, ela mora e morará bem melhor que o aluno : Itapuã e Pontal. Num é pra qualquer um…
    …Fico aqui chupando dedo. (Que ninguém nos ouça: Dinah merece até bem mais.)
    ……………………………………………….
    Pro bebê que veio primeiro.
    “A Teresa é brasileira, é nossa!”
    Carioca não é bairrista: concordo.
    …Porém, este caos feérico que habitamos e nos habita é meio um ímã que traz pr’aqui tudo há de bom (e de mal).
    Caetano, Bethânia, Gil, Maria da Graça, João Bosco e Ataulfo Alves(mineiros), Morais Moreira (baiano e flamenguista), Ari Barroso ( flamenguista e mineiro), João Saldanha (paranaense e botafoguense), Elis e Brizola(gaúchos), Adelino Moreira(português de Campo Grande)… e por aí vai.
    No mais, Vinícius dizia, injustamente e pra grande desgosto de João Rubinato – mais conhecido como Adoniran Barbosa – e Paulo Vanzolini, que São Paulo é o túmulo do samba…
    …Sei não: olhando daqui, parece-me que a Bahia viu nascer a criança, cuidou dela uns tempos, mas jogou fora a bacia, o bebê e a babá…
    ““A gente não pode esquecer que a comunidade que leva o samba para o Rio de Janeiro é baiana. Esse samba do morro é da comunidade baiana, negra”’
    Há controvérsias. Pr’além e aquém de Tia Ciata: F.B.H., Paulinho, Noel, Jorge Aragão,…, são criaturas do asfalto.
    Como disse Bethânia: “A coisa do samba é carioca”.
    Bethânia sabe.
    Abraço carinhoso.
    ………………………………………..
    Pra mãe dos bebês.
    “Que terrível acontecimento se fez REAL, na madrugada de hoje?”
    Nonada: coisa comum corriqueira.
    É preciso passar adiante a herança genética; gerar descendência; crescer e multiplicar. Aprender a arte marcial do gatofu e botar pra correr os rivais.
    Model é mestre consumado. Nem me preocupo.
    Bálsamo Pierson pr’as bicheiras eventuais, e vida que segue felinianamente…

    Jucemir

  10. jucemir 23 de novembro de 2010 às 16:19 #

    Vou te mandar três camisetas pra usares em Ilhéus: uma do Campo Grande, uma do Bangu e outra do Madureira. A primeira é preta e branca, a segunda é vermelha e branca, e a terceira é amarela, azul e encarnada.
    Se gostares, mandarei, futuramente, uma do Bonsucesso (azul e vermelha), uma da Portuguesa (verde, branca e vermelha), uma do Olaria (azul e branca) e outra do São Cristóvão (preta e branca).
    Farás sucesso nos passeios de domingo na Soares Lopes.
    E com isso, fecho as encomendas pra dezembro.

    Jucemir

  11. jucemir 23 de novembro de 2010 às 16:32 #

    Pra tu que não sabes e nem não fazes idéia:

    Urubu = Flamengo;
    Raposa = Cruzeiro;
    Pó de Arroz = Fluminense;
    Porcoperiquito = Palmeiras;e
    Bugre = Guarani.
    Por que as referências?
    Basta consultar a tabela do Brasileirão para as duas últimas rodadas.
    Se não entendeste, telefona pro Fred…
    …Ele sabe.

    Jucemir

  12. dinah 23 de novembro de 2010 às 19:06 #

    SOCOOOOORROOO!!!!!!!!!!!!!MAGO SUMIU!!!!!!!!ACHO QUE FOI TIRAR A FORRA , destruir O MALDITO QUE DESFIGUROU O SEU “ROSTO”!!!!!

    Que vai acontecer desta vez? Enquanto eu conversava com Anabel, ao telefone, ele saiu de mansinho…e se picou no mundo!!!!!
    Oh! Céus!!Oh! dor!!! Oh! Vida!!!Que posso fazer para impedir que esta maldita HERANÇA GENÉTICA venha destruí-lo????

    Quanto às camisetas, não precisarei comprar roupa por um longo tempo…e passearei na orla do Pontal, que está bem mais bonita que a S.L.

    Sei que URUBU=Flamengo
    Pó-de-arroz= Fluminense…o resto é figuração…

  13. dinah 24 de novembro de 2010 às 07:15 #

    Ele reapareceu…do nada! Da mesma forma em que sumiu…De repente ele se enroscava nos meus pés sem que eu percebesse de onde veio…É algo fantástico e fantasmagórico!
    Como era de se esperar, novos ferimentos, agora, na conjunção das articulações dos membros anteriores, nas costas, naquela simpática “corcundinha” que se move lentamente a cada movimento…(um amor!)…agora, ferida também!Imagino algum imbecil querendo atingir seu pescoço querendo matá-lo! Como vou poder suportar tais agressões?

    A pergunta que não quer calar:
    Será que, na avaliação “custo-benefício”, vale a pena tais aventuras????
    Chegou morto de fome, macambúzio,cansado,abatido…Teria ganho o embate? Ou está apenas apanhando?

    Agora assisto o repouso do guerreiro,ali, no meu sofá, como quem retorna ao ventre materno de onde retirará novas forças para ir gastá-las em embates (infrutíferos?), quando a noite chegar…
    Haja coração!!!
    Senhor Deus , dai-me forças…e a ele também!

  14. Antônio Augusto Santos 10 de março de 2014 às 10:35 #

    Cruzes! Você não avalia a alegria de encontrar o poema de Menotti del Pichia aqui! Eu o procurei como um cão danado na Internet. Valeu! Então vamos cirandar!

  15. Dudu Cruz 28 de novembro de 2016 às 18:43 #

    Vejam senhoras e senhores, eu sou cronista, e tenho em mãos exatamente esse livor da Angústia de Don João,
    E navegando para fazer orçamento, quanto compraria o primeiro contato foi a Ciranda…
    E aqui estou eu…
    Não sei se tem valor para alguém, mas acredito ser muito valioso.
    Enfim,
    Esse primeiro contato é comercial.

    Mas eu sou artista também, escrevo crônicas e poemas também, além de arte digital, e gostei muito da CASA.
    boa noite a todos.
    Dudu Cruz.

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